quinta-feira, 28 de março de 2013

Confesso.

Pois é, você aí. Achei que com o retorno às atividades, a Helena maiorzinha, as coisas seriam mais fáceis de administrar. Ledo engano. Ela agora tem ainda mais 'compromissos', mais amigas e festas do pijama. Ademais, é o primeiro ano na escola com múltiplos professores, um para cada disciplina. Já aconteceu de esquecer de um livro ou levar o caderno errado. Até que a nanica entre no esquema novo, distraída como é, tudo tem que ser duplamente revisado.

Venho aqui tornar pública minha admiração por quem tem uma vida 'normal' e mantém um podcast. São em torno de 20h de edição para cada programa. Eu, na minha ideia, imaginava fazer um programa semanal. Ha-ha-ha. Lá no início, eu já tinha alguns livros lidos e resumidos, aí foi mais simples encaixar. Agora, que o 'processo criativo' está do zero a cada episódio, pelo menos para o meu cotidiano, é humanamente impossível fazer programas semanais.

Aí pensei: faz-se, então, quinzenal. Até se torna possível, mas numa correria tamanha, e cansaço idem, que compromete a qualidade de tudo o mais o que eu faça na vida - incluindo aí o acompanhamento familiar. Se pensei no blog para ter algo que aproximasse ainda mais a minha cultura da de minha filha, como que vou agora me isolar por dois dias, trancafiada do mundo, editando o programa por um sábado e um domingo inteiros e ignorando o passeio no cinema, a companhia no shopping, o comentário de um filme que vimos juntas. Primeiro sou mãe e esposa, depois sou 'podcaster' (se é que sou). Agora estou com dois livros lidos e adaptados. Um, consigo gravar no final de semana e editar na semana que vem. O outro, talvez na outra.
Algumas ausências nos almoços de domingo serão necessárias, inevitavelmente.

Comprei um microfone novo e acho que vai custar menos tempo de edição. Também estou buscando uma forma de fazer algo estilo 'novela de rádio', em que alguns efeitos eram executados na hora, usando materiais que temos em casa. Se não der certo, vale pela experimentação. Para isso, a 'novela' em questão vai ser um livro brasileiro, de época: A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo.

O livro, que eu li na época do colégio, foi relido e certamente, melhor compreendido. A ideia é preconceituosa, pois justamente na adolescência, que não temos cabeça para nada, precisamos ler algumas coisas que fogem do entendimento. Agora, quando reli, o livro se revelou uma história adolescente - só que tratando de jovens de 1845, mais ou menos. Foi interessante ver como as relações eram tratadas, a aproximação, a 'paixonite'. E assim, tratando dessa história (e outras que virão, no mesmo estilo) agora, que a criança está interessada em ouvir, fica bem mais fácil dela entender quando chegar o momento de rever isso no Colégio.

Até semana que vem. Uma Páscoa reflexiva e um bom feriado pra você. :)





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